Problemas éticos levantados pela reprodução medicamente assistida

       O conjunto dos métodos científico-tecnológicos desenvolvidos nas últimas décadas com o objectivo de auxiliar a reprodução humana tem levantado diversos problemas de origem ética. Estes problemas são principalmente:

Ø  Problemas psicológicos dos indivíduos gerados por inseminação artificial, in vitro ou por injecção intracitoplasmática quando é usado esperma de um dador exterior ao casal, ou seja, esperma do Banco de Esperma.
Ø  Produção de vários embriões

        Na fertilização in vitro, vários embriões são originados, sendo, apenas no máximo, três deles implantados no corpo da mulher. Os restantes são crioconservados para posterior utilização pelo casal, programa de adopção de embriões ou usados na investigação científica.

       A contrariar estes dados, os críticos afirmam que os embriões são um ser vivo único e celular e como tal, têm direito ao seu desenvolvimento desde a sua formação, sem que ninguém decida o seu destino por eles.

 
Ø  Produção de embriões apenas para investigação científica

        Numa tentativa de dar resposta a estas críticas, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, declarou que a principal preocupação é a de manter os progressos técnico-científicos da procriação medicamente assistida, ao serviço da Humanidade e manter o respeito pelo ser humano face aos interesses da ciência. As técnicas de PMA (procriação medicamente assistida) devem ser única e exclusivamente utilizadas para resolver problemas de infertilidade, sendo que estas técnicas devem ser sempre um último recurso e nunca uma alternativa comum. Assim sendo, a formação de embriões apenas para investigação fica definitivamente extinta, ou pelo menos, terminantemente proibida.