Tratamento de dados do inquérito


       O inquérito do nosso projecto ‘Gravidez e Maternidade’ no âmbito da disciplina de Área de Projecto foi feito, durante o mês de Janeiro, a 20 adolescentes fora da escola, entre os quais, 10 rapazes e 10 raparigas com idades compreendidas entre os 14 e 17 anos.
Dentro da escola, inquiriu-se 40 alunos, nomeadamente, 20 rapazes e 20 raparigas com as mesmas idades referenciadas anteriormente.

      Com este inquérito, pretendeu-se concluir quais são os conhecimentos dos jovens da nossa sociedade actual acerca dos métodos contraceptivos, das doenças sexualmente transmissíveis e o que estes fariam caso ocorresse uma gravidez inesperada.

      Partindo da ideia de que houve uma total sinceridade nas respostas, apresentamos a análise de todas as respostas que foram dadas:


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 À pergunta: “Já iniciaste a tua vida sexual?”, obteve-se 100% de respostas negativas por parte dos indivíduos de 14 anos. 20% dos indivíduos de 15 anos responderam afirmativamente enquanto os restantes 80% responderam negativamente. 58,3% dos inquiridos de 16 anos afirmaram já terem iniciado a sua vida sexual . Os inquiridos de 17 anos foram os que deram mais respostas positivas, sendo que 63,64 % dos inquiridos afirmou já ter iniciado a sua vida sexual.

         


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Em relação a esta pergunta, a maioria dos jovens inquiridos, iniciou a sua actividade sexual entre os 15 e os 16 anos de idade, em ambos os sexos.


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Nesta questão, focamos mais o nosso objectivo na consequente pergunta “ será que de alguma forma o facto de trocar de parceiro sexual com frequência pode levar a uma gravidez mais precoce?”.Pelos resultados que obtivemos, conseguimos verificar que essa ideia estava errada. Das 60 pessoas inquiridas apenas uma do sexo masculino respondeu que trocava de parceira com frequência. Concluímos assim, que 98% da população não troca de parceiro/a com frequência. 


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A partir do gráfico da pergunta 1.3., é possível verificar que a maioria da população usa apenas o preservativo como método contraceptivo. A pílula é o 2º método contraceptivo mais utilizado, demonstrando que grande parte da população confia no seu parceiro sexual ou não está ciente da possibilidade de contrair doenças por via sexual, preocupando-se mais com o risco de gravidez. Uma grande percentagem dos inquiridos usa ambos os métodos, mostrando-se preocupada com a possibilidade de transmissão de DST’s e a possível ocorrência de gravidez. 


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Através do gráfico da questão de 2, pode-se verificar que as raparigas têm um maior conhecimento sobre métodos contraceptivos do que os rapazes. 


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Na pergunta 2.1., considerou-se duas variáveis poucos e muitos – se fossem indicados mais de seis métodos contraceptivos. Ao comparar o conhecimento de ambos os sexos, concluiu-se que o sexo feminino demonstra ter um maior conhecimento acerca dos métodos contraceptivos do que o sexo masculino.

2.2.Quais são os métodos contraceptivos que conheces?

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Desta tabela podemos tirar várias conclusões, tanto ao nível dos métodos contraceptivos mais conhecidos como dos métodos contraceptivos menos conhecidos.

Quanto aos métodos contraceptivos mais conhecidos, verificamos que os preservativos femininos /masculinos são os que ocupam o primeiro lugar da tabela, talvez pelo facto de serem os mais divulgados e abordados nas escolas e na comunicação social.

Quanto aos métodos menos conhecidos, temos em último lugar o método calendário. Talvez por ser um método pouco viável, pois qualquer alteração no sistema nervoso pode alterar o ciclo menstrual da mulher e levar a uma gravidez indesejada. Mas também tem uma grande vantagem, é um método natural e, por isso, não apresenta efeitos secundários.

E por fim, esta tabela mostra-nos também que as raparigas estão muito mais informadas que os rapazes sobre os métodos contraceptivos, aliás apenas no método da temperatura é que houve apenas mais um rapaz a referi-lo do que as raparigas.


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Quanto à pergunta 3, a maioria da população adolescente inquirida escolheu a opção Amigos. No entanto outra grande parte da população em estudo também respondeu Internet/Livros.


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Através das respostas à pergunta 4, concluiu-se que mesmo sendo um tema bastante polémico, 100% da população adolescente concorda com a introdução desta disciplina, na comunidade escolar. Não houve ninguém que respondesse de forma negativa a esta questão.


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Através do gráfico da pergunta 5, pode-se concluir que a maioria da população tem presente o significado da sigla D.S.T. No entanto, ainda existe uma ínfima percentagem que não conhece este conceito, o que revela que as campanhas de sensibilização ainda não obtiveram um efeito absoluto, não conseguindo chegar o conhecimento sobre este tema a todos.


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Através do gráfico da pergunta 5.1., concluiu-se que a maioria dos inquiridos sabe o significado correcto da sigla DST, no entanto, com todas as informações que existem hoje em dia, 3,3% não sabe o significado.


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      Na pergunta 5.1.1., obteve-se várias respostas como Hepatite B, SIDA, Gonorreia,     Sífilis e Herpes. Mas, apenas 25% dos inquiridos respondeu à pergunta.   


A DST mais conhecida é a SIDA, talvez por ser uma doença muito divulgada pelos meios de comunicação social, já que esta é uma doença que não tem cura, tendo apenas tratamento. 


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Quanto à pergunta 6, cerca de 75% da população respondeu positivamente e 25% da população respondeu que não conhece ninguém que tenha sido pai/mãe adolescentes, o que demonstra que existem muitas mães e pais adolescentes, o que pode servir de alerta para outros jovens. 


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Relativamente à questão 7, concluímos que o gráfico tem 3 fatias, ou seja, a variedade de respostas foi grande. Tendo maior percentagem as que responderam “muito mal” com 61,6 %, ou seja, mais de metade dos inquiridos. Depois 33,3% dos inquiridos responderam “Mais ou menos” e, por último, 5% responderam ”Bem”.


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Através das respostas à pergunta 8, pode-se concluir que perante uma gravidez, a reacção esperada pelas famílias, continua a ser bastante má.

No entanto, uma percentagem significativa dos inquiridos, considera que a família reagiria de um modo mais ameno ou bem, o que se traduz num maior apoio aos jovens pais por parte das suas famílias. Este apoio pode significar uma lenta mudança de reacção/opinião do seio familiar, resultando em jovens famílias com alicerces para um futuro melhor.


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Quanto à pergunta 9, concluiu-se que a maioria dos inquiridos procurava ajuda. Uma grande parte aceitava. Numa menor quantidade, faziam para que não acontecesse. E ainda 13,3%, deram outro tipo de resposta, como a decisão teria de ser tomada após uma conversa, pensava melhor sobre a questão e as suas consequências. Podemos concluir que é pouca a diferença de percentagem dos inquiridos que é a favor e dos que são contra o aborto.


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Através do gráfico 10, concluiu-se que 98% da população inquirida respondeu negativamente à pergunta ‘Tens alguma dúvida que gostarias de ver esclarecida’, surgindo apenas uma dúvida “Mesmo com todos os métodos contraceptivos que existem, porque continua a existir uma grande taxa de gravidez na adolescência?”, que vai ser respondida com a elaboração de um cartaz informativo relativo à gravidez na adolescência.