DST's

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As doenças sexualmente transmissíveis (ou doenças venéreas) são doenças infecciosas que se propagam essencialmente através de contactos sexuais. As DST afectam geralmente o aparelho reprodutor de ambos os sexos, havendo no entanto outro tipo de efeitos no organismo que podem ser muito prejudiciais ao organismo.

         As DST possuem vários agentes infecciosos, dependendo da doença em si, e estes podem ser vírus, bactérias, parasitas ou fungos. Geralmente, os vírus são os mais mortíferos e difíceis de tratar, não havendo cura para eles. Já os restantes possuem cura mas devem ser tratados rapidamente pois quando não são diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves como infertilidade, infecções neonatais, malformações congénitas, aborto, cancro e até a morte.

         Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução quando tratadas correctamente. Outras são de tratamento difícil ou permanecem latentes, apesar da falsa sensação de melhora. As mulheres representam um grupo que deve receber especial atenção, uma vez que em diferentes casos de DST, os sintomas levam algum tempo para se tornarem perceptíveis ou confundem-se com as reacções orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher, em especial aquelas com vida sexual activa, independente da idade, consultas periódicas ao serviço de saúde.

         Existem pesquisas que afirmam que a contaminação de pessoas monogâmicas e não fiéis portadoras de DST tem aumentado, em resultado da contaminação ocasional do companheiro, que pode contrair a doença em relações extra-conjugais. Todavia, as campanhas pelo uso do preservativo nem sempre conseguem reduzir a incidência de doenças sexualmente transmissíveis. O ramo da medicina que estuda as DST é denominado no Brasil "Deessetologia". No passado, essa especialidade era conhecida como venereologia, termo em desuso pois carrega em si muito preconceito, uma vez que no passado era sinónimo de actividade sexual com prostitutas.

         As doenças sexualmente transmissíveis mais conhecidas são SIDA, sífilis, Gonorreia, Herpes, entre outras.

A principal DST é a SIDA.

A SIDA, apesar de ser a mais mortífera das DST actualmente, é apenas uma delas e, no entanto, é responsável por 3 milhões de mortes, todos os anos.

A SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é uma doença provocada pelo VIH, Vírus da Imunodeficiência Humana. O VIH possui uma enzima transcriptase reversa que insere o genes do virús no DNA da célula que está a ser infectada, tornando-as produtoras de mais vírus VIH. As células-alvo são, principalmente, os linfócitos T (e também os macrófagos), que são leucócitos que orientam e coordenam todas as defesas do sistema imunitário.

Os níveis normais de linfócitos T são de 500 a 1500 por mililitro de sangue, no entanto, um doente com SIDA tem menos de 200 por mililitro de sangue. Assim, com a destruição (lise) destes linfócitos o sistema imunitário fica enfraquecido e exposto às doenças oportunistas (como a gripe, a tuberculose, a epidemia...).

A SIDA é uma doença que causa alguns sintomas de mau estar durante 2 a 4 semanas após a infecção mas que demora vários anos a actuar e a enfraquecer o organismo humano, geralmente entre 10 a 15 anos, variando de pessoa para pessoa, e durante esta fase, o vírus vai aumentando em quantidade e o organismo ainda consegue repor os níveis de linfócitos.





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Quando o seropositivo já tem efectivamente SIDA começa a perder peso, a ter febre, anemia e outros sintomas graves, até que o organismo fica tão debilitado que as doenças normalmente fáceis de serem destruídas pelo sistema imunitário levam à morte do ser humano.

O VIH é um vírus que afecta unicamente humanos e só sobrevive dentro do nosso organismo. Existem muitas maneiras de transmissão da Sida, como: 

·         Contacto sanguíneo;

·         Através de sémen e fluídos vaginais (o sémen é mais virulento);

·         Através de sexo oral, vaginal e anal (o anal é o mais perigoso);

·         Através da partilha de seringas infectadas;

·         De mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação.

         O VIH não se transmite através de picada de insectos, beijos, toque casual, espirros, água de piscinas ou em objectos tocados pelo seropositivo, se bem que o VIH pode se encontrar no suor, lágrimas e saliva do seropositivo. Contudo, a quantidade é demasiado pequena para conseguir a transmissão.

        Não existe cura ou vacina para o VIH, existindo no entanto tratamentos que retardam o efeito do vírus com alguns “cocktails” de drogas que inibem a transcriptase no vírus. Devido à rápida multiplicação do vírus, este torna-se rapidamente imune às drogas utilizadas.